domingo, 15 de novembro de 2009

Traumas e Bloqueios

O que mantém um trauma ou um bloqueio por muito tempo é o fato do paciente não alterar os valores adquiridos durante a infância ou na época em que ocorreu. É preciso ficar claro que um automóvel, por exemplo, durante a infância não tem o mesmo valor que tem durante a adolescência nem tampouco durante a fase adulta. O que ocorre é que, com o surgimento do trauma, estabelece-se um bloqueio em que a análise deixa de existir. Passa a ser doloroso ao consciente rememorar a marca traumática.
Assim, o inconsciente cria uma barreira impedindo que os valores sejam reavaliados conscientemente.
É preciso penetrar novamente nesse ponto da história da vida do paciente para que, com novos conhecimentos lógicos, adquiridos na vida atual, os códigos de valores sejam
recodificados, deixando claro a ele mesmo, e por ele mesmo, que aquela dor já não tem mais sentido, e que, de acordo com os valores atuais, não existe motivo para o conflito que está vivenciando.
Quando o paciente finalmente se conscientizar dessa mudança, fatalmente o trauma estará desativado e o paciente terá como lembrança apenas um fato histórico dentro de seu banco de dados, com o discernimento da lógica atual, bem mais estruturada.
A orientação de um profissional é fundamental para o processo de transformação e reestruturação emocional.

Por: Jésika Oliveira – jesikapsicanalise@gmail.com / 2324 8520

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