domingo, 26 de fevereiro de 2012

Entusiasmo, a força que vem de dentro!

Além do significado que pode ser entendido como um estado de grande euforia e alegria, refletindo em uma consequente coragem, a palavra "entusiasmo" vem do grego e significa literalmente: "sopro divino" e ainda “o Deus que habita dentro”.
Etimologicamente falando, também acho linda a composição da palavra Entusiasmo. Entusiasmo é composto de 2 palavras do grego en + theos, que literalmente quer dizer "em Deus". Originalmente significava inspiração ou possessão por uma entidade divina ou pela presença de Deus.

Estar Cheio de Deus

Os gregos eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses. Assim a pessoa entusiasmada era aquela que era possuída por um dos deuses. Ser entusiasmado é nada mais que estar CHEIO de DEUS.
Atualmente, uma pessoa entusiasmada está disposta a enfrentar dificuldades e desafios, não se deixando abater e transmitindo confiança aos demais ao seu redor. O entusiasmo pode portanto ser considerado como um estado de espírito otimista.

Mas o entusiasmo é diferente do otimismo. Otimismo significa acreditar que uma coisa vai dar certo. Talvez até torcer para que ela dê certo. Muita gente confunde otimismo com entusiasmo.

Um otimista tem pensamento positivo e acredita que uma coisa vai dar certo. Um entusiasta é aquela pessoa que acredita na sua capacidade de transformar as coisas, de fazer dar certo. Entusiasmada é a pessoa que acredita em si. Acredita nos outros. Acredita na força que as pessoas têm de transformar o seu próprio mundo e a sua própria realidade.
Um otimista “espera” que a coisa de certo. Um entusiasta “trabalha” para que dê certo pois ele acredita na sua capacidade de realizar, produzir, criar, construir.
Para tudo o que é feito na vida sempre é empregado uma dose de “emoção”, de energia, quer seja ela pequena ou quer seja ela grande. Assim no dia a dia as pessoas podem alocar entusiasmo em suas tarefas, em seus compromissos, em suas realizações e com isso promover uma grande revolução em seus resultados. Quem vive entusiasmado nos relacionamentos, no trabalho e na vida, provoca resultados muito diferentes daqueles que são apenas otimistas.

Exercício Simples

Sinta a diferença neste exercício simples realizado em 3 etapas:

- Vá em frente a um espelho e Diga: bom dia (com pouca emoção na sua voz).
- Na segunda vez, coloque um pouco mais vibração na voz ao dizer bom dia e perceba que até seus olhos irão ficar diferentes.
- Na Terceira etapa, dê um sorriso antes, diga bom dia com muita emoção na voz (aumentando o tom e a vibração) e perceba que seus olhos brilharam: Isto é entusiasmo.
Isto é contagioso!
Pessoas entusiasmadas mudam o mundo ao seu redor. Elas ajudam os outros a construírem seus sonhos e a realizar suas metas. Você mesmo já percebeu como é diferente e gostoso estar ao lado de uma pessoa entusiasmada? Como o entusiasmo dela te afeta positivamente? O próprio ambiente muda. Isso porque quando a pessoa se entusiasma, literalmente falando, ela se “ENCHE DE DEUS”, e DEUS é essa força interior, esse ESPÍRITO lindo que mora dentro do ser humano (falando em Criacionismo) e por isso todo o ambiente muda, pois uma pessoa entusiasmada está ativando de dentro dela mesma a força que mora dentro, ou seja, o próprio DEUS.
Uma pessoa entusiasmada que está todos dias conectada com DEUS, em relacionamento íntimo e fluente, é um agente de alegria, de esperança, fé e convicção. Seja um agente do entusiasmo, Libere o DEUS que habita dentro de você para transformar o mundo ao seu redor. Diga YES e viva com alegria a vida FENOMENAL que você tem direito.

Paulo Abreu - http://abreucoachinginstitute.com/coaching/89-entusiasmo-significado.html

domingo, 5 de fevereiro de 2012

                        Paixão, um diagnóstico
O encantamento de uma pessoa por outra pode ser acompanhado por exames de neuroimagem

Já faz algum tempo que amor e paixão deixaram de ser domínio dos poetas e filósofos e passaram a figurar no leque de temas de interesse da neurociência. Afinal, que propriedade do cérebro pode ser mais intrigante do que sua capacidade de se apaixonar por outro cérebro – e, claro, o corpo que o acompanha?

Com a tecnologia moderna, nada mais fácil do que colocar voluntários devidamente apaixonados dentro de um aparelho de ressonância magnética funcional e investigar que partes do cérebro se “acendem” quando o objeto do seu desejo é avistado – em comparação, por exemplo, à visão de outras pessoas igualmente bonitas, ou do mesmo sexo e idade, mas não tão especiais quanto aquela por quem o cérebro se apaixonou. O único problema é determinar, primeiro, quem de fato está devidamente apaixonado. Não é bem uma questão trivial, mesmo porque envolve um alto grau de honestidade para consigo mesmo que nem todos têm, e que não adianta querer ter. Para quem está em dúvida, eis uma pequena lista de critérios diagnósticos (de nenhum valor médico, por favor!):

- Pensamentos obsessivos e intrusivos a respeito de uma única pessoa, como se seu cérebro não conseguisse afastar sua ideia da mente;

- Motivação aumentada quanto a tudo o que puder colocá-lo na presença desta pessoa, seja atravessar a cidade para encontrá- la em um bar, reorganizar toda sua agenda da semana ou fazer mágicas para conseguir uma passagem de avião;

- Necessidade diminuída de sono, pois qualquer oportunidade de ficar acordado na presença daquela pessoa (ou de sua voz, ou avatar e texto em programas de mensagens instantâneas ou SMS) é agarrada com unhas e dentes;

- Sensação de euforia em sua presença, acompanhada de otimismo incorrigível e um sorriso bobo no rosto;

- Olhar fixado no outro, que rouba o foco da sua atenção e torna tudo ao redor irrelevante;

- Necessidade de tocar no outro, acompanhada de manifestações fisiológicas variadas (coração disparado, pele eletrizada, rosto ruborizado) e desejo sexual irresistível;

- Ideação constante sobre futuros possíveis com essa pessoa especial; e

- Angústia da separação, uma ansiedade terrível em resposta a meros pensamentos sobre distanciamento e eventualmente morte da pessoa em questão.

Quem já esteve profundamente apaixonado saberá se reconhecer aqui; quem está em dúvida pode tentar se “diagnosticar”. Pessoalmente, acho que a angústia da separação é um excelente critério de desambiguação. Faça uma lista mental de pessoas do seu conhecimento e – em segredo, e de maneira totalmente hipotética! – “mate-as” uma a uma. A morte do síndico do seu prédio ou de seu chefe não deve incomodá-lo muito; a morte de um tio talvez seja lamentável, mas suportável. Já a morte de um filho, ou daquela pessoa em especial... bingo!

Foi por causa dessa lista de características tão particulares que a antropóloga Helen Fisher, especialista em amor e paixão, propôs que esta fosse considerada não um sentimento ou emoção, mas um estado particular de hipermotivação e atenção focado na pessoa querida. Anos depois, a ressonância magnética confirmou: o cérebro apaixonado tem seu sistema de recompensa e motivação, centrado no estriado ventral, hiperativado por tudo o que é direta ou vagamente relacionado ao objeto do desejo. Tudo a seu respeito é maravilhoso, desejável e certamente digno dos maiores esforços.

Conhecer suas origens no estriado ventral torna a paixão menos maravilhosa? Nem um pouco, eu diria. Se esse pedacinho de nada do meu cérebro pode me fazer sentir assim... uau!

Suzana Herculano-Houzel é neurocientista, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/paixao_um_diagnostico.html