sexta-feira, 17 de julho de 2009


O estresse


Estresse é uma resposta não-específica do nosso corpo a um estímulo qualquer. No entanto, existem estímulos bons e maus. Por exemplo namorar, assistir uma partida de futebol e ver o Brasil marcar mais um gol, ser promovido, são estímulos bons. Por outro lado levar uma bronca do chefe, brigar com a esposa ou com o colega, sofrer um acidente de carro são estímulos maus. Todos estes estímulos provocam uma reação de estresse.

Quando levamos um susto, quando temos que falar em público, qual a reação do nosso corpo? O coração dispara, suamos frio, as mãos ficam trêmulas, os músculos tensos, a respiração ofegante.. Por que isso ocorre? O cérebro manda uma mensagem através do sistema nervoso para a glândula supra-renal que por sua vez libera adrenalina e hormônios corticóides na corrente sangüínea. São essas substâncias que promovem todas esta alterações no corpo deixando-nos em estado de alerta prontos para uma emergência: ou para fugir de um perigo ou para enfrentar um desafio. Se não tivéssemos um mecanismo destes, ficaríamos apáticos e indefesos frente a qualquer perigo ou ameaça. Pelo que se pode entender, este mecanismo não só é fantástico como também absolutamente indispensável à vida.

Mas, o que acontece se somos ameaçados constantemente e ficamos continuamente em estado de alerta e tensão? Não conseguimos mais relaxar e voltar ao estado normal. Ficamos estressados.


--A produção de adrenalina e de corticóides, durante um certo tempo e em quantidades razoáveis é benéfica para o homem. Daí reafirmamos que o estresse não é doença e sim uma necessidade. O problema é que nossas condições de vida fazem com que as coisas extrapolem os limites da necessidade.

Cada pessoa, entretanto, reage de forma diferente a possíveis fatores de estresse. Se saltar de pára-quedas é um passatempo e um divertimento para uns, para outros só a idéia já é assustadora. Não existem pois fatores absolutos. No entanto, aqui ficam alguns exemplos mais comuns: os problemas financeiros, profissionais, familiares, as doenças, a violência urbana, alterações de metabolismo, uso de alguns medicamentos, de álcool, de drogas, a correria do dia-a-dia, a insegurança, as dificuldades nos relacionamentos, etc.

Estes fatores vão fazendo com que nosso corpo produza quantidades anormais de adrenalina. Então começam os sinais do estresse:

• Diminuição do rendimento profissional ou escolar.
• Insatisfação com tudo.
• Indecisão, julgamentos precipitados.
• Atrasos de tarefas.
• Insônia, sono agitado, pesadelos.
• Irritabilidade.
• Dificuldade de concentração.
• Reclamações mais freqüentes do que o habitual.
• Ocupar cada vez mais tempo com trabalho e menos com lazer.
• Diminuição de entusiasmo e falta de prazer pelas coisas.
• Sensação de monotonia.

Estes sinais são indicadores que as coisas não estão indo pelo bom caminho e que, mais cedo ou mais tarde, a “bomba” pode estourar. É quando surgem os sintomas:
• Cansaço.
• Ganho ou perda de peso.
• Infecções constantes (em razão da baixa imunidade.
• Aumento da pressão arterial e do colesterol.
• Dores de cabeça, dores musculares, dores “de coluna”.
• Bruxismo (ranger dentes durante o sono).
• Restlesslegs (pernas intranqüilas, principalmente na cama, à noite).
• Má digestão, gastrites, úlceras.
• Prisão de ventre e diarréia, flatulência (gases).
• Acne, pele envelhecida, rugas, olheiras. • Seborréia, queda de cabelos, enfraquecimento das unhas.
• Diabetes.
• Diminuição da libido, impotência sexual.
• Doenças psicossomáticas.
• Ataques de ansiedade.
• Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).
• Ataques de Pânico.
• Depressão.

É importante observar que não é necessário que uma sobrecarga de trabalho ou preocupações para deflagrar um estado de estresse. Na maioria das vezes, o que existe é um acúmulo de pequenos fatores, que somados acabam produzindo um grande estrago em nosso organismo. Inclusive, se você não sabe, também as sobrecargas "boas" podem causar estresse. No decorrer de nossa vida vamos aprendendo a conviver, controlar e administrar os problemas que nos sobrecarregam e causam ansiedade. E cada pessoa é capaz de administrar certo número deles, porém, além de um certo limite o organismo estressa. Imagine que você esteja passando por problemas financeiros, profissionais e familiares ao mesmo tempo. Provavelmente você conseguiria administrar bem um ou dois desses problemas, mas talvez não os três ao mesmo tempo. Isso não quer dizer, entretanto, que você precisa se livrar de todos os seus problemas para ter uma melhor qualidade de vida; isto é praticamente impossível. Mas alguma coisa você pode fazer. Na maioria dos casos a solução é óbvia, muito gostosa mas difícil de se fazer: mudar hábitos.

• Deitar mais cedo, dormir mais, fumar e beber menos.
• Ter uma alimentação mais saudável.
• Conversar mais com amigos, dançar.
• Praticar esportes, ir ao cinema.
• Viajar, tirar férias, curtir a família.
Um bom condicionamento físico é sempre importante, ainda mais para quem está sujeito a ter somatizações. Além disso, ginástica libera neurotransmissores como as endorfinas, que são nossos antidepressivos naturais e aumentam nosso bem estar. Talvez, é claro, você não consiga dar uma guinada dessa da noite para o dia, porém, qualquer mudança de hábitos nocivos por hábitos saudáveis pode ajudar e muito. Lembre-se: até Deus descansou no sétimo dia!

Foto:unisite.com.br/saude/estresse2.jpg


Em todo o caso o ideal é procurar ajuda profissional:
jesikapsicanalise@gmail.com - Jesika Oliveira

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